A Igreja Céu do Gamarra é parte de um grande elo espiritual iniciado no Acre, melhor dizendo, no Maranhão.
Contaremos aqui um pouco da história do Mestre fundador desta Doutrina, narrada por alguns companheiros de sua época que vez por outra nos deixaram alguns relatos da vida deste santo homem.
Na noite de 15 de dezembro de 1892, nasceu em Vicente Ferrer, Maranhão, Raimundo Irineu Serra, fundador da Doutrina do Santo Daime, da qual temos a honra e o privilégio de fazer parte. Mestre Irineu, filho do Sr. Sancho Martinho Serra e Dona Joana Assunção Serra, era descendente de escravos, homem forte, media 1,98 metros e calçava 48.
Deixou sua terra natal aos 15 anos de idade, passando por muitos lugares até chegar ao Acre, isso por volta de 1912. Trabalhou como seringueiro nas regiões do Xapurí, Brasiléia e Sena Madureira.
Também trabalhou como funcionário na Comissão de Limites na delimitação da fronteira do Acre com a Bolívia e o Peru. E foi nesta época que conheceu a ayahuasca, bebida ingerida em rituais indígenas deixada pelos incas e usada por grande parte da população cabocla da região Amazônica.
Foi na cidade de Cobija, na Bolívia, que conheceu os irmãos Antônio Costa e André Costa que, por coincidência, eram seus conterrâneos. Estes lhe falaram pela primeira vez da bebida, que a haviam conhecido por intermédio de um caboclo peruano de nome D. Crescêncio Pisango, também conhecido por Huascar.
Huascar era um antigo rei inca que passava seus conhecimentos para Pisango. Convidaram então o Mestre para participar de um ritual com ayahuasca.
De primeiro o Mestre não aceitou, mas depois pensou e disse: "Eu vou. Se for uma coisa boa vou levar pro meu Brasil, pois de coisa ruim o meu Brasil já está cheio". Da primeira e segunda vez que tomou a bebida nada sentiu, só na terceira é que chegaram as "mirações". Estava sentado numa roda de 12 pessoas quando D. Pisango se aproximou e "entrou" na cuia grande onde era servida a ayahuasca, sendo percebido apenas pelo Mestre. O caboclo pediu que ele convidasse o grupo a olhar dentro da cuia e quedissessem o que estavam vendo. Responderam que viam apenas a bebida. Então o caboclo Pisango explicou ao Mestre Irineu que só ele tinha condições de trabalhar com aquela bebida e que ninguém mais conseguia ver o que ele via com a ayahuasca.
Numa outra noite voltaram a tomar a infusão. Desta vez só os dois, Antônio, que estava no quarto, e o Mestre na sala da casa onde realizavam a sessão. Foi quando Antônio chamou pelo Mestre, que olhava encantado para a lua, e disse:
- Raimundo, aqui tem uma senhora chamada Clara que quer falar com você.
- Por que ela não fala contigo mesmo?
- Não sei não, mas diz ter te acompanhado desde o Maranhão. Ela tem uma laranja na cabeça para lhe entregar. Fala que vai te procurar na próxima sessão.
- Por que ela não fala contigo mesmo?
- Não sei não, mas diz ter te acompanhado desde o Maranhão. Ela tem uma laranja na cabeça para lhe entregar. Fala que vai te procurar na próxima sessão.
E assim foi. O Mestre numa ansiedade danada aguardava por aquele dia. Era uma quarta-feira duma noite linda de luar. O Mestre se deitou na rede de modo a apreciar a lua e, pouco a pouco, a "força" da ayahuasca foi chegando, intensificando as mirações e, neste momento, é que viu a lua se aproximando pra bem pertinho dele. (Esta miração, mais tarde veio inspirá-lo a receber, do astral seu primeiro hino, "Lua Branca"). A Senhora sentada ao centro da lua com uma águia na cabeça em ponto de voar lhe disse:
- Quem tu achas que sou?
- Pra mim é uma Deusa.
- Tu tens coragem de me chamar de Satanás?
- Ave Maria, minha Senhora, de jeito nenhum.
- Você está pensando que sou uma princesa, mas não, eu sou a Rainha Universal.
- Tu achas que o que tu estás vendo agora alguém já viu?
- Acho que sim minha senhora (o Mestre julgava que outros tantos que já haviam bebido a ayahuasca também já podiam ter tido aquela visão).
- Tu estás enganado. O que vês agora, ninguém jamais viu, só tu. Eu vou te entregar este mundo para tu governar, mas isso não é agora, primeiro tens que te preparar. Agora que tu já é homem, tu vais trabalhar e vais ficar com teu cabresto assim bem curtinho. Vais ter uma preparação para ver se tu tens merecer verdadeiramente. Tu vais passar oito dias comendo só macaxeira (mandioca) cozida e insossa, com água e mais nada, nem ver e nem ouvir mulher alguma.
- Pra mim é uma Deusa.
- Tu tens coragem de me chamar de Satanás?
- Ave Maria, minha Senhora, de jeito nenhum.
- Você está pensando que sou uma princesa, mas não, eu sou a Rainha Universal.
- Tu achas que o que tu estás vendo agora alguém já viu?
- Acho que sim minha senhora (o Mestre julgava que outros tantos que já haviam bebido a ayahuasca também já podiam ter tido aquela visão).
- Tu estás enganado. O que vês agora, ninguém jamais viu, só tu. Eu vou te entregar este mundo para tu governar, mas isso não é agora, primeiro tens que te preparar. Agora que tu já é homem, tu vais trabalhar e vais ficar com teu cabresto assim bem curtinho. Vais ter uma preparação para ver se tu tens merecer verdadeiramente. Tu vais passar oito dias comendo só macaxeira (mandioca) cozida e insossa, com água e mais nada, nem ver e nem ouvir mulher alguma.
O Mestre, no dia seguinte, se retirou para a mata com o propósito de cumprir as ordens da Rainha. Conta-se que no quarto dia ele foi tentado com várias visões com intenção de lhe amedrontar. Os paus na sua frente criavam vida, parecia que estavam todos rindo dele, caboclinhos surgiam de todos os lados, fazendo contato com os animais que chegavam bem próximo. Com sua espingarda dava tiros para o alto, pois os estampidos o confortavam naquela situação. (Até hoje, nos trabalhos feitos na Doutrina do Santo Daime, se usa soltar foguetes durante a sessão espiritual para que seja lembrada aquela passagem da vida do Mestre Irineu).
Outro fato interessante que se conta é que, certo dia, Antonio Costa, estava em casa preparando a mandioca insossa do amigo quando pensou em botar um pouquinho de sal, mas imediatamente mudou de idéia e quando, mais tarde, o Mestre voltou das matas disse ao companheiro que viu que o outro ia colocando sal na macaxeira mas resolveu não por. Antônio se espantou com o amigo:
Outro fato interessante que se conta é que, certo dia, Antonio Costa, estava em casa preparando a mandioca insossa do amigo quando pensou em botar um pouquinho de sal, mas imediatamente mudou de idéia e quando, mais tarde, o Mestre voltou das matas disse ao companheiro que viu que o outro ia colocando sal na macaxeira mas resolveu não por. Antônio se espantou com o amigo:
- Mas rapaz, como é que tu fez pra saber? Então já sei que tu tá aprendendo.
No oitavo dia de iniciação nas matas, a Rainha voltou a aparecer para o Mestre e lhe entregou a laranja como símbolo do globo universal. Ele pediu que o fizesse um curador e ela respondeu:
- Já está feito e tudo está em tuas mãos.
Também o advertiu de que teria muito trabalho com aquela missão e que nada poderia tirar em proveito próprio. (Assim como hoje o Daime não pode ser comercializado, pois desta forma estaríamos em desobediência com as ordens da Rainha).
Na verdade, logo o Mestre entendeu que aquela senhora era a Virgem Mãe Santíssima, a Virgem da Conceição, e que tudo aquilo que ele havia ouvido e visto não eram suficientes para ele ser. Ele havia recebido sim aquela missão e a partir daí ele tinha que dar prova e se fazer ser.
Durante alguns anos, nosso Mestre percorreu caminhos espirituais difíceis entre a dúvida e a certeza, a verdade e a mentira, pois quem anda nesta estrada sabe que uma linha muito fina separa estes princípios, o que é certo do que é errado. Mas a Virgem Soberana continuou a aparecer muitas outras vezes para o Mestre lhe dando força, conforto e fé, e numa destas aparições foi revelado ao Mestre o nome da bebida.
O verbo "dar" originou a palavra "Daime". Em alguns hinos da Doutrina se encontram as expressões "dai-me amor", "dai-me fé", "dai-me cura", pois quem toma Daime deve estar pronto a receber as dádivas vindas de Deus, contidas nesta bebida sagrada.
Também recebeu da Virgem o título de Chefe Império Juramidam e os fundamentos do ritual do Santo Daime. A Mãe Divina o instruiu a cantar hinos que iria receber do Céu, que seriam o testamento de sua missão e estariam reunidos em um hinário ao qual ele chamou "O Cruzeiro". Mas o Mestre era um homem muito simples e humilde e não se achava capaz de cantar. Até o dia em que a Rainha da Floresta lhe disse:
Durante alguns anos, nosso Mestre percorreu caminhos espirituais difíceis entre a dúvida e a certeza, a verdade e a mentira, pois quem anda nesta estrada sabe que uma linha muito fina separa estes princípios, o que é certo do que é errado. Mas a Virgem Soberana continuou a aparecer muitas outras vezes para o Mestre lhe dando força, conforto e fé, e numa destas aparições foi revelado ao Mestre o nome da bebida.
O verbo "dar" originou a palavra "Daime". Em alguns hinos da Doutrina se encontram as expressões "dai-me amor", "dai-me fé", "dai-me cura", pois quem toma Daime deve estar pronto a receber as dádivas vindas de Deus, contidas nesta bebida sagrada.
Também recebeu da Virgem o título de Chefe Império Juramidam e os fundamentos do ritual do Santo Daime. A Mãe Divina o instruiu a cantar hinos que iria receber do Céu, que seriam o testamento de sua missão e estariam reunidos em um hinário ao qual ele chamou "O Cruzeiro". Mas o Mestre era um homem muito simples e humilde e não se achava capaz de cantar. Até o dia em que a Rainha da Floresta lhe disse:
- Olha, vou te dar uns hinos e tu vais deixar de assobiar pra aprender a cantar.
- Ah! Faça isso não minha Senhora, que eu não canto nada.
- Mas eu ensino! Afirmou ela.
- Ah! Faça isso não minha Senhora, que eu não canto nada.
- Mas eu ensino! Afirmou ela.
E como o Mestre sempre contemplava a lua, Ela falou:
- Agora você vai cantar.
- Mas como? Insistiu.
- Abra a boca, não estou mandando?
- Mas como? Insistiu.
- Abra a boca, não estou mandando?
O Mestre obedeceu e deslanchou a cantar "Lua Branca", seu primeiro hino, onde também recordaria a já citada miração.
Na década de 20, o Mestre e os irmãos Costa fundaram um centro chamado Círculo de Regeneração e Fé (CRF), na cidade de Brasiléia, no Acre. Reuniram-se naquele lugar algumas pessoas que, apesar de poucas, chegaram a fundar uma associação.
Mas para desgosto do Mestre, alguns desentendimentos com Antônio Costa e outros integrantes o fizeram tomar a decisão de ir embora, deixando aquele centro. Mudou-se para Sena Madureira e depois para Rio Branco, onde ingressou na Guarda Territorial (sendo aí que conheceu Germano Guilherme, amigo que o acompanhou por muitos anos). Manteve-se nesta corporação, onde chegou a cabo, até o começo dos anos 30, quando pediu baixa.
Mais tarde, como tinha feito muitos conhecidos, doaram a ele uma colônia na Vila Ivonete, bairro rural próximo a Rio Branco. Foi quando o Mestre deu início aos trabalhos públicos com o Daime, fazendo no dia 26 de maio de 1930, seu primeiro trabalho. Eram só três pessoas: o Mestre, Zé das Neves e outro que não se sabe o nome. Zé das Neves conta que trabalhou com ele 41 anos e 41 dias.
Em sua casa, que também servira de sede dos trabalhos espirituais, logo reuniu um pequeno grupo. Nele estavam Germano, Maria Marques, João Pereira, Daniel Pereira e Zé das Neves. Pouco mais tarde também se juntou a esse grupo Antonio Gomes. Todos estes são expoentes de nossa Doutrina.Neste tempo nosso Mestre foi perseguido, chegando mesmo a ser chamado na delegacia, porém nunca sendo preso. Resolveu então adentrar um pouco mais na floresta e foi nesta época que recebeu uma doação por parte do ex-governador Guiomar Santos, que lhe arranjou uma colocação chamada Espalhado, com uma colônia, a Custódio de Freitas. Neste lugar fundou o Centro de Iluminação Cristã Luz Universal (CICLU), a igreja sede e levantou também um cruzeiro de 5m de altura todo em cimento armado.
No Alto Santo abrigou mais de quarenta famílias, que trabalhavam em sistema de mutirão, muito comum no Acre. Viviam do que plantavam, conseguindo assim sustentar sua comunidade.
Mestre Irineu era homem de grande carisma. Com sua calma e paciência atraía inúmeras pessoas a sua volta, que vinham atrás do curador, já popular em Rio Branco. Encontravam um patriarca de grande coração, pronto a servir aqueles que precisassem.
Ele mesmo se auto-denominava "árvore-sombra".
Com o tempo foi se tornando uma pessoa muito respeitada na região. Resolvia casos difíceis com amor e firmeza, pois a disciplina sempre foi uma bandeira muito importante dentro da Doutrina do Santo Daime.
O Mestre se tornou um grande conselheiro para aquele povo que o seguia e lhe pedia a benção.
Aos poucos a doutrina foi adquirindo traços mais característicos, o hinário do Mestre, "O Cruzeiro", ficando cada vez maior, recebendo hinos contando vivências espirituais e acontecimentos diários daquela gente. Outros companheiros também começaram a receber seus próprios hinos e iam até o Mestre confirmar seus ensinamentos. Dentre estes seguidores um em especial se destacou: Sebastião Mota de Melo.
Em pouco tempo caminhou muito dentro da doutrina, recebendo seu hinário de grande valor, começando logo a ser chamado de Padrinho Sebastião. Mas sobre este homem daremos destaque mais adiante. Agora volto ao Mestre.
Os anos se passaram e tudo cresceu com grande rapidez. A igreja lotada, vinha gente de todo canto. Mestre Irineu levava seu trabalho com grande alegria e satisfação, mas como ele mesmo dizia em seu hinário, já se achava fraco e cansado. E, no dia 6 de julho de 1971, nosso querido Mestre deixou seu corpo. E hoje, nas Campinas do Astral, governa esta Santa Doutrina e ainda sentimos seu amor e força tão necessários ao crescimento espiritual de seus afilhados. Tão grande foi a repercussão de sua morte em Rio Branco que o governador do estado decretou ponto facultativo em repartições públicas além de oferecer veículos para o transporte do povo para o velório e enterro. Uma multidão compareceu ao seu funeral, prestando suas últimas homenagens.
O Mestre deixava grandes saudades e um enorme sentimento de gratidão. Dali pra diante estava nas mãos de alguns a decisão das medidas a serem tomadas com relação ao comando da Doutrina etc. O então presidente da entidade era o Sr. Leôncio, junto com uma diretora. Havia também a viúva do Mestre, Dona Peregrina. O tempo foi que aos poucos acomodou as coisas no lugar. Todos tinham sua importância.
E aqueles que arrodeavam o Mestre foram se posicionando de acordo com seus entendimentos e é aí que começa a história de nosso velho e amado Padrinho Sebastião.
Na década de 20, o Mestre e os irmãos Costa fundaram um centro chamado Círculo de Regeneração e Fé (CRF), na cidade de Brasiléia, no Acre. Reuniram-se naquele lugar algumas pessoas que, apesar de poucas, chegaram a fundar uma associação.
Mas para desgosto do Mestre, alguns desentendimentos com Antônio Costa e outros integrantes o fizeram tomar a decisão de ir embora, deixando aquele centro. Mudou-se para Sena Madureira e depois para Rio Branco, onde ingressou na Guarda Territorial (sendo aí que conheceu Germano Guilherme, amigo que o acompanhou por muitos anos). Manteve-se nesta corporação, onde chegou a cabo, até o começo dos anos 30, quando pediu baixa.
Mais tarde, como tinha feito muitos conhecidos, doaram a ele uma colônia na Vila Ivonete, bairro rural próximo a Rio Branco. Foi quando o Mestre deu início aos trabalhos públicos com o Daime, fazendo no dia 26 de maio de 1930, seu primeiro trabalho. Eram só três pessoas: o Mestre, Zé das Neves e outro que não se sabe o nome. Zé das Neves conta que trabalhou com ele 41 anos e 41 dias.
Em sua casa, que também servira de sede dos trabalhos espirituais, logo reuniu um pequeno grupo. Nele estavam Germano, Maria Marques, João Pereira, Daniel Pereira e Zé das Neves. Pouco mais tarde também se juntou a esse grupo Antonio Gomes. Todos estes são expoentes de nossa Doutrina.Neste tempo nosso Mestre foi perseguido, chegando mesmo a ser chamado na delegacia, porém nunca sendo preso. Resolveu então adentrar um pouco mais na floresta e foi nesta época que recebeu uma doação por parte do ex-governador Guiomar Santos, que lhe arranjou uma colocação chamada Espalhado, com uma colônia, a Custódio de Freitas. Neste lugar fundou o Centro de Iluminação Cristã Luz Universal (CICLU), a igreja sede e levantou também um cruzeiro de 5m de altura todo em cimento armado.
No Alto Santo abrigou mais de quarenta famílias, que trabalhavam em sistema de mutirão, muito comum no Acre. Viviam do que plantavam, conseguindo assim sustentar sua comunidade.
Mestre Irineu era homem de grande carisma. Com sua calma e paciência atraía inúmeras pessoas a sua volta, que vinham atrás do curador, já popular em Rio Branco. Encontravam um patriarca de grande coração, pronto a servir aqueles que precisassem.
Ele mesmo se auto-denominava "árvore-sombra".
Com o tempo foi se tornando uma pessoa muito respeitada na região. Resolvia casos difíceis com amor e firmeza, pois a disciplina sempre foi uma bandeira muito importante dentro da Doutrina do Santo Daime.
O Mestre se tornou um grande conselheiro para aquele povo que o seguia e lhe pedia a benção.
Aos poucos a doutrina foi adquirindo traços mais característicos, o hinário do Mestre, "O Cruzeiro", ficando cada vez maior, recebendo hinos contando vivências espirituais e acontecimentos diários daquela gente. Outros companheiros também começaram a receber seus próprios hinos e iam até o Mestre confirmar seus ensinamentos. Dentre estes seguidores um em especial se destacou: Sebastião Mota de Melo.
Em pouco tempo caminhou muito dentro da doutrina, recebendo seu hinário de grande valor, começando logo a ser chamado de Padrinho Sebastião. Mas sobre este homem daremos destaque mais adiante. Agora volto ao Mestre.
Os anos se passaram e tudo cresceu com grande rapidez. A igreja lotada, vinha gente de todo canto. Mestre Irineu levava seu trabalho com grande alegria e satisfação, mas como ele mesmo dizia em seu hinário, já se achava fraco e cansado. E, no dia 6 de julho de 1971, nosso querido Mestre deixou seu corpo. E hoje, nas Campinas do Astral, governa esta Santa Doutrina e ainda sentimos seu amor e força tão necessários ao crescimento espiritual de seus afilhados. Tão grande foi a repercussão de sua morte em Rio Branco que o governador do estado decretou ponto facultativo em repartições públicas além de oferecer veículos para o transporte do povo para o velório e enterro. Uma multidão compareceu ao seu funeral, prestando suas últimas homenagens.
O Mestre deixava grandes saudades e um enorme sentimento de gratidão. Dali pra diante estava nas mãos de alguns a decisão das medidas a serem tomadas com relação ao comando da Doutrina etc. O então presidente da entidade era o Sr. Leôncio, junto com uma diretora. Havia também a viúva do Mestre, Dona Peregrina. O tempo foi que aos poucos acomodou as coisas no lugar. Todos tinham sua importância.
E aqueles que arrodeavam o Mestre foram se posicionando de acordo com seus entendimentos e é aí que começa a história de nosso velho e amado Padrinho Sebastião.
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